Os governos da Espanha, de Portugal e da Itália consolidaram nesta sexta-feira (8) uma nova aliança em favor da proposta de criação de um “sistema de renda mínima comum”, que seja instalado em todos os países da União Europeia, enquanto durar a pandemia do novo coronavírus.
O projeto será apresentado oficialmente à Comissão Europeia, o “poder executivo” do bloco, durante o fim de semana. O principal argumento é a necessidade de estabelecer um “escudo social europeu” contra os efeitos econômicos criados pela crise de saúde.
Entre os principais responsáveis pela iniciativa estão: Pablo Iglesias, segundo vice-presidente da Espanha e Ministro de Direitos Sociais desse país, além de máxima figura do partido progressista Unidas Podemos; Nunzia Catalfo, ministra do Trabalho da Itália; e Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social de Portugal.
Os três publicaram artigos a respeito da proposta na imprensa de seus respectivos países, na forma de uma carta dirigida às autoridades europeias, destacando a necessidade de estabelecer essa renda mínima para “garantir que todos os cidadãos possam ter suas necessidades básicas asseguradas durante a pandemia”.
Está claro, também, que a iniciativa conta com o apoio dos mandatários dos respectivos países: o presidente espanhol Pedro Sánchez e os primeiros-ministros da Itália, Giuseppe Conte, e de Portugal, António Costa. Paralelamente, esses três governos já apresentaram projetos semelhantes em seus próprios parlamentos.