Horas depois do ataque frustrado de um grupo paramilitar colombiano em terras venezuelanas, o presidente da ANC (Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela), Diosdado Cabello, acusou os governos dos Estados Unidos de da Colômbia de estarem por trás da tentativa de invasão marítima ao país.
Cabello também disse que os dois governos estão apoiando grupos paramilitares e quadrilhas narcotraficantes para realizar esses ataques.
“Foi um plano orquestrado pelos Estados Unidos, usando a DEA (Departamento Estadunidense Antinarcóticos) para uma invasão militar à nossa pátria”, denunciou o líder chavista.
O presidente da ANC declarou que as instituições venezuelanas “rejeitam fortemente os atos de violência e rejeita que os governos dos Estados Unidos e da Colômbia continuem tentando minar as instituições do país. E o mais triste é que eles estejam apoiado grupos narcotraficantes para realizar esses ataques”.
Segundo informe da inteligência venezuelana, mencionado no discurso de Cabello, um dos mortos na operação frustrada foi Robert Colina, mais conhecido pelo codinome “Pantera” e acusado de liderar um campo paramilitar na Colômbia, vinculado a uma rota de tráfico ilegal de drogas e armas que movimenta cerca de um milhão de dólares por ano.
Colina tinha ligações com o ex-militar venezuelano Clíver Alcalá, recentemente deportado aos Estados Unidos, após ser acusado de tráfico de drogas e admitir seus planos de mobilizar armas para o território venezuelano, com o apoio do líder opositor Juan Guaidó, com a intenção de assassinar o presidente Nicolás Maduro e altos funcionários chavistas.
Cabello revelou que as lanchas com as quais os paramilitares tentaram invadir o território venezuelano eram colombianas, e que está investigando para poder apresentar provas do envolvimento do governo desse país na tentativa de invasão.
Segundo o Exército venezuelano, as lanchas traziam um total de 10 terroristas, dos quais 8 foram mortos. Os outros dois foram presos. “É uma ação de mercenários, um golpe contra a institucionalidade do país, e com o apoio de grupos paramilitares de narcotraficantes”, insistiu Cabello, que também pediu à direita venezuelana que “não tente justificar este episódio”.