O policial responsável por torturar e matar por asfixia George Floyd, de 46 anos, em Minneapolis, nos Estados Unidos, já acumulava uma série de denúncias dentro da corporação. Derek Chauvin, no entanto, só foi punido em uma das 17 reclamações contra ele.
A única queixa que gerou punição resultou em apenas duas cartas de repreensão. Os registros, no entanto, não abordam detalhes sobre o conteúdo das denúncias.
Contudo, de acordo com reportagem da Associated Press, Chauvin esteve envolvido em três tiroteios durante seus 19 anos de carreira na polícia de Minneapolis. Em 2006, por exemplo, o policial estava no grupo de seis policiais que abriu fogo contra um homem de ascendência indígena durante uma perseguição.
O suspeito, Wayne Reyes, foi baleado várias vezes e não resistiu. A versão dos policiais era de que o homem apontou uma arma contra eles depois de ter esfaqueado duas pessoas. A Justiça local decidiu que a violência dos agentes era justificável e todos foram liberados.
Dois anos depois, ainda segundo a reportagem, Chauvin atirou duas vezes contra um homem negro enquanto atendia a uma denúncia de violência doméstica.
De acordo com um relato da Pioneer Press sobre o incidente, a 911 havia recebido uma ligação de um apartamento e ouviu uma mulher gritando para alguém parar de bater nela. Chauvin e outro oficial chegaram no local no momento em que Ira Latrell Toles, homem negro de 21 anos baleado pelo policial, se trancava no banheiro.
Chauvin forçou a porta para o banheiro e, segundo ele, Toles tentou pegar sua arma. Foi neste momento que o policial atirou no homem duas vezes no estômago. Toles, no entanto, afirmou ao site Daily Beast que foi agredido por Chauvin mesmo sem ter reagido à ação policial.
No início de 2008, mesma época em que atirou em Toles, Chauvin recebeu uma medalha de reconhecimento por “sua resposta em um incidente envolvendo um homem armado”, informou a Pioneer Press. Em 2009, ele foi novamente homenageado pelo Departamento Policial de Minneapolis.
Após a morte de Gorge Floyd, a cidade tem registrado intensos protestos, saques e incêndios. De acordo com o jornal The New York Times, cinco pessoas foram baleadas e uma morreu durante as manifestações.