Imprensa internacional destaca que Brasil superou a marca de mil mortes diárias

The Guardian e New York Times relacionam o recorde com a ideologia de Jair Bolsonaro e sua afinidade com Donald Trump, enquanto o canal alemão Deutsche Welle afirma que o presidente brasileiro “se recusa a levar a pandemia a sério”

Página do Deutsche Welle destaca recorde negativo do Brasil (foto: reprodução)
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O Brasil atingiu, nesta terça-feira (19) a marca de mais de mil mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, e a imprensa mundial tem repercutido bastante a notícia. E não é para menos, já que apenas outros quatro países haviam superado esta quantidade de falecimentos durante a pandemia: China, Estados Unidos, Reino Unido e França.

A partir desse novo dado, jornais de todo o mundo apontam o Brasil como novo epicentro da pandemia do novo coronavírus.

O britânico The Guardian coloca a notícia sobre o recorde brasileiro como destaque do seu minuto-a-minuto sobre a pandemia, e afirma que “o Brasil tem mais casos e mortes que todo o resto da América Latina, e coleciona recordes enquanto o presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro, despreza as regras de distanciamento e defende a reabertura de academias, salões de beleza e outros negócios”.

Já o New York Times, ao comentar o recorde, lembra que Bolsonaro é “um aliado ideológico de Trump, e foi criticado por lidar com o surto da mesma forma que o presidente americano, se opondo às medidas de isolamento, ele vê como prejudiciais à economia”.

Por sua parte, o canal alemão Deutsche Welle afirma que “o Brasil caminha para a catástrofe”, e que “Jair Bolsonaro se recusa a levar a pandemia a sério, apesar de mais de 17,9 mil brasileiros já terem morrido com o vírus, e o número de casos continua a crescer exponencialmente”.