Foi lançada, nessa segunda-feira (11), pelo movimento pró-democrático e pan-europeísta DiEM25 e o Instituto Sanders, dos EUA, a Internacional Progressista, uma frente comum para barrar o autoritarismo. A iniciativa reúne mais de 40 políticos e intelectuais de todos os continentes, entre eles Bernie Sanders, Noam Chomsky, Yanis Varoufakis e os brasileiros Fernando Haddad e o ex-chanceler Celso Amorim.
O objetivo é fomentar a união, coordenação e mobilização de ativistas, associações, sindicatos, movimentos sociais e partidos em defesa da democracia, da solidariedade, da igualdade e da sustentabilidade.
O mote para a criação desta Internacional foi dado por Sanders em um artigo no The Guardian, em setembro de 2018, onde se referia à necessidade de unir esforços progressistas para combater o crescente autoritarismo internacional. Em outro artigo de opinião no mesmo jornal, Varoufakis, cofundador do DiEM25, disse que a Internacional Progressista foi criada para "mobilizar pessoas de todo o mundo para transformar a ordem mundial e as instituições que a moldam”.
O conselho da Internacional Progressista será formado por mais de 40 integrantes, entre eles autores e ativistas como o norte-americano Noam Chomsky e a canadense Naomi Klein e políticos da ativa, como Yanis Varoufakis, deputado e ex-ministro de Finanças da Grécia, Katrín Jakobsdóttir, primeira-ministra da Islândia, e Elizabeth Gómez Alcorta, ministra argentina de Mulheres, Gênero e Diversidade.
Além deles, a entidade conta com o ex-mandatário equatoriano Rafael Corre, o ex-vice-presidente boliviano Álvaro García Linera, o ator mexicano Gael García Bernal, a escritora indiana Arundhati Roy, o filósofo Srecko Horvat e a alemã Carola Rackete, capitã de embarcação e símbolo do resgate de migrantes no Mediterrâneo.
Para fazer parte
O projeto começa nesta segunda-feira com o lançamento de um site no qual qualquer pessoa ou organização poderá se cadastrar para ser membro da Internacional Progressista. Para participar, clique aqui.
A plataforma será financiada exclusivamente por doações e contribuições de seus membros. A organização não permite o financiamento ? nem a participação ? de lobbies, executivos de empresas de combustíveis fósseis, planos de saúde, companhias farmacêuticas, multinacionais tecnológicas, bancos (com algumas exceções), firmas de investimentos, fundos de cobertura ou companhias agroalimentícias.
Mobilização, reflexão e comunicação
A Internacional Progressista pretende atuar em três planos: fomentar a mobilização social, estimular a reflexão intelectual e promover a difusão de novas ideias progressistas através de uma rede de meios de comunicação. Neste último quesito, a ideia é potencializar o impacto das informações criando um elo entre diferentes redações de jornais. Entre os títulos que aderem ao projeto figuram o norte-americano The Nation, o italiano Internazionale, o francês Mediapart, o polonês Krytyka Polityczna, mais Africa Is a Country, Brasil Wire, Lausan Collective e The Wire India.
Com informações do El País