“Qualquer tentativa de privatizar o espaço sideral é inaceitável”. Foi o que disse nesta terça-feira (7) Dmitri Peskov, porta-voz presidencial da Rússia.
A declaração se refere a um decreto assinado na véspera pelo presidente estadunidense Donald Trump que contempla a exploração comercial dos recursos naturais da Lua e de outros corpos espaciais.
Segundo Peskov, “ainda não é possível fazer uma avaliação sobre a legalidade (do decreto de Trump), mas a exploração do espaço para fins de lucro é algo que repudiamos desde já”.
O porta-voz também criticou o fato de que o documento assinado pelo presidente estadunidense considera que o espaço sideral “não é um bem comum global”.
O texto do decreto de Trump diz, especificamente, que “os estadunidenses devem ter o direito de participar da exploração comercial, extração e uso de recursos no espaço sideral, de acordo com a lei aplicável. O espaço sideral é um domínio legal e fisicamente exclusivo da atividade humana, e os Estados Unidos não veem isso como um bem comum global”.
Por sua parte, o cientista Sergey Saveliev, vice-diretor geral de cooperação internacional da agência Roscosmos (a NASA russa), classificou os planos dos Estados Unidos como “agressivos e contraproducentes, porque prejudicam a cooperação internacional”.