Nesta quinta-feira (23), a direita ibero-americana finalmente reagiu ao sucesso que vem tendo até o momento o governo de Alberto Fernández com sua quarentena rígida, que tem evitado uma explosão de contágios e mortes na Argentina.
Esta reação veio a partir de um manifesto organizado pelo ex-presidente argentino Mauricio Macri e pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa, vencedor do Nobel de Literatura de 2010, além de contar com a adesão outros políticos como o ex-presidente espanhol José María Aznar (acusado de corrupção em seu país) e o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (suspeito de ligação com grupos milicianos e narcotraficantes).
O documento assinado pelas figuras de direita não cita diretamente o governo de Fernández mas afirma que “em ambos os lados do Atlântico ressurgem o estatismo, o intervencionismo e o populismo, com um ímpeto que sugere uma mudança de modelo para longe da democracia liberal e da economia de mercado”.
Em seguida, diz que “queremos afirmar firmemente que esta crise não deve ser enfrentada sacrificando liberdades e direitos básicos que tanto custaram alcançar. Rejeitamos o falso dilema que essas circunstâncias nos forçam a escolher entre autoritarismo e insegurança, entre o ogro filantrópico e a morte”.
Lembrando que o governo neoliberal de Mauricio Macri, entre 2015 e 2019, deixou a Argentina com uma inflação de 58% ao ano, desemprego de mais de 12%, a moeda local desvalorizada em mais de 300%, o risco-país acima dos 2 mil pontos e uma dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional) de 46 bilhões de dólares. Mas não era “populista” .