Um documento assinado por um grupo de 10 países, de diferentes continentes, foi entregue nesta terça-feira (21) a representantes da ONU (Organização das Nações Unidas), pedindo para que o organismo e suas diferentes agências intervenham para obrigar os Estados Unidos a abandonar sua política de sanções econômicas contra países que considera rivais geopolíticos ou que atuem de forma contrária aos seus interesses.
Uma das autoridades ligadas à ONU que recebeu o documento foi a Alta Comissária dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, a ex-presidenta chilena Michelle Bachelet, a quem foi entregue um documento extra, afirmando que, em meio à atual pandemia do coronavírus, as sanções também configuram um atentado aos direitos humanos de milhões de pessoas.
Os 10 países que assinam a declaração são Rússia, China, Venezuela, Cuba, Irã, Síria, Coreia do Norte, Nicarágua, Zimbábue e Cambodja. Segundo o texto, a política estadunidense de sanções econômicas “é uma prática ilegal, e seu único efeito real, e desastroso para o planeta, é a geração de pobreza”.
“Durante décadas, essas sanções unilaterais foram um instrumento do arsenal da política exterior de guerra, o que constitui uma violação flagrante do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, em detrimento dos direitos humanos fundamentais, incluindo o direito ao desenvolvimento”, expressa a missiva.