A pandemia do coronavírus parece ter acabado com a polarização política na Argentina, e (o mais importante) criado uma consciência da importância do papel do Estado.
É o que revela uma pesquisa da consultora Opina Argentina, divulgada nesta segunda-feira (21), a qual mostra que 88% da população está a favor das medidas que fortalecem a presença do Estado durante a pandemia, tanto na questão da saúde quanto na da economia.
Detalhando melhor os números, 62% das pessoas entrevistadas dizem que as políticas do governo de Alberto Fernández são “muito positivas”, e 26% as consideram “algo positivas”.
Entre essas medidas está a quarentena obrigatória, o congelamento de preços de produtos que maior necessidade (como máscaras, sabão, álcool gel e alguns alimentos), ajuda financeira estatal aos mais pobres, trabalhadores autônomos e empresas médias e pequenas, entre outras.
Mas também há os que não estão de acordo. Mais especificamente, 6% que criticam as medidas como “algo negativas” e 3% que dizem ser “muito negativas”.
No domingo (19), a Argentina completou um mês inteiro desde o início da quarentena total. Graças a essa medida, o país conseguiu controlar relativamente a propagação do vírus: até esta terça (21), o país tem registrados 3,1 mil casos de covid-19, com 147 mortes e 841 pacientes já recuperados da doença.