Pressão sobre China por pandemia: chanceler britânico fala em “acerto de contas” e senador dos EUA pede sanções

Governo do Reino Unido afirma que país asiático terá que responder “perguntas difíceis” à comunidade internacional. Enquanto isso, senador republicano Ted Cruz fala abertamente em “sancionar funcionários chineses responsáveis pela pandemia”

Mercado em Wuhan, na China, onde teria se originado o coronavírus (Reprodução)
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A pressão internacional sobre a China para indicar o país como responsável pela propagação do coronavírus pelo mundo já não tem só os olavistas e a família Bolsonaro como principais promotores. Nas últimas horas, representantes políticos do Reino Unido e dos Estados Unidos engrossaram o coro contra o país asiático.

Nesta quinta-feira (16), o chanceler britânico, Dominic Raab afirmou que a comunidade internacional terá que fazer “perguntas difíceis” à China sobre a origem da pandemia. “É absolutamente necessário haver uma revisão profunda das lições após o evento, inclusive sobre o surto do vírus, e está terá que ser conduzida pela ciência, que deverá determinar se isto não poderia ter sido interrompido antes”, afirmou.

Em seguida, o chanceler assegurou que seu país terá um “acerto de contas com o governo asiático. “Não há dúvida de que não podemos ter negócios como de costume após esta crise”, comentou Raab.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o senador republicano Ted Cruz plagiou o discurso de Eduardo Bolsonaro e afirmou em entrevista ao canal Fox News, também nesta quinta-feira, que “a China é uma ameaça geopolítica para os Estados Unidos, e suas ações estão vulnerando a segurança e a saúde dos Estados Unidos e de todo o mundo”.

Baseado nessa opinião, o parlamentar disse que enviou ao Congresso um projeto para sancionar funcionários do governo chinês que sejam responsáveis pela pandemia.

“O governo comunista chinês está ocultando informações sobre a origem do coronavírus, e isso não podemos aceitar”, declarou Cruz.