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A Justiça paraguaia investiga uma suposta conexão de Ronaldinho Gaúcho com lavagem de dinheiro no país. O caso que se iniciou pela apreensão de documento falso utilizado pelo ex-jogador para entrar no país foi conectado a uma empresária com histórico de ilegalidade.
O jornalista Alexandre Aguiar publicou em seu Twitter os aspectos mais importantes da investigação:
https://twitter.com/alexaguiarpoa/status/1236277960623247361?s=20
Segundo Aguiar, "autoridades paraguaias trabalham com hipótese de que os documentos falsos são apenas parte de um 'esquema criminoso' que vai muito além e que incluiria uma 'máfia' de falsificadores e delitos de maior gravidade e complexidade". O caso será investigado por uma unidade especializada.
Isso justificaria a troca feita por parte do Ministério Público quanto ao promotor responsável pelo caso, que agora é Omar Legal, especialista em lavagem de dinheiro que contradisse as indicações anteriores e mandou prender Ronaldinho e o irmão na última sexta-feira (6).
A investigação de Legal está focando em Dalia López, empresária ligada ao caso e que é "uma mulher com vastas conexões políticas e tem uma fortuna de origem duvidosa, que já levantava suspeitas no Paraguai", segundo Aguiar. O sócio de Dália também está sendo investigado. Ela já tem as empresas investigadas há meio ano porque "haveria operações fraudulentas de comércio de eletrônicos para evasão, sonegação e lavagem de dinheiro".
Há ainda uma Fundação que teria anunciado levar Ronaldinho para o Paraguai, sobre a qual não é possível encontrar muitas informações. "Tal fundação não tem site, redes sociais ou contato, sendo desconhecida até ter explodido o escândalo. Só se encontrou uma página no Facebook 'Ronaldinho en Paraguay'", escreveu Aguiar.
Dália também possui ligação com um partido da direita paraguaia, o Partido Colorado (ANR). Aguiar afirma: "Seu secretário particular é da poderosa família de políticos colorados, os Vázquez, do ex-deputado Juan José Vázquez e a também parlamentar Perla de Vázquez".
Em audiência, na tarde de sábado (7), foi decidido que Ronaldinho e o irmão permaneceriam presos, e o caso está sendo investigado. Eles foram apreendidos na última sexta-feira (6), após a identificação de que os documentos que usaram para entrar no país eram falsos.