Polícia do Japão identifica homem que espalhou fake news sobre falta de papel higiênico no país

A informação teria gerado pânico na população, e foi difundida por um funcionário de uma cooperativa médica, baseada em uma foto manipulada, realizada em supermercados da cidade de Yonago

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Um homem que vive na cidade de Yonago (cerca de 200 quilômetros ao norte de Hiroshima) foi responsável por criar e difundir uma fake news sobre a suposta falta de papel higiênico no Japão. A pessoa, que não teve seu nome revelado, teria sido presa na terça-feira (3), segundo a imprensa local.

O homem teria criado o boato no dia 27 de janeiro, com fotos manipuladas e tiradas em supermercados da sua cidade. Ele teria jogado pacotes no chão para poder mostrar fotos de prateleiras vazias ou quase vazias. Em seguida, montou uma matéria falsa dizendo que o papel higiênico estaria acabando em todo o Japão, devido a que, supostamente, a China não estava produzindo mais, por causa do surto do coronavírus.

A mentira causou grande reação no país, já que se espalhou rapidamente pelas redes sociais, e levou pessoas a correrem aos supermercados buscando comprar vários pacotes e estocar o produto. Segundo a imprensa japonesa, a fake news também afetou as vendas de outros produtos, como lenços de papel e fraldas descartáveis.

Recentemente, a Associação de Fabricantes de Papel Doméstico do Japão publicou um comunicado dizendo que não há motivos para estocar papel higiênico e outros produtos em casa, e que há suficientes produtos para todos nos supermercados e comércios de todos o país.

Além disso, também esclareceu que a oferta do produto no país não depende da China, já que, segundo a entidade, 98% do papel higiênico consumido no Japão é produzido no próprio país, e que as com as fábricas estão operando normalmente.

A Associação informou também que o tipo de papel utilizado na fabricação de máscaras é diferente do material empregado no papel higiênico.

Também segundo a imprensa japonesa, o autor da fake news, trabalha em uma Cooperativa Médica de Yonago, que publicou um comunicado pedindo desculpas pela ação do seu funcionário, e assegurando que ele terá uma punição – mas sem especificar qual.