Em cerimônia ocorrida nesta quinta-feira (19), em Atenas (capital da Grécia), os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 receberam a tocha olímpica, o tradicional ato que marca o início da agenda de eventos olímpicos.
No entanto, não há nenhuma certeza sobre se os jogos poderão realmente ser realizados, ao menos neste ano. A pandemia do novo coronavírus, que já atingiu 158 países do mundo, levou o planeta inteiro a adotar severas medidas de restrição a viagens internacionais. O Japão mesmo é um dos que impôs um fechamento parcial e temporário de suas fronteiras.
Mesmo assim, o COI (Comitê Olímpico Internacional) e o governo japonês insistem em que os Jogos acontecerão. O presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020, Yoshiro Mori, divulgou nesta mesma quinta, um vídeo no qual diz que a chegada da chama olímpica ao seu país poderia “ajudar a retirar as nuvens obscuras que assustam o mundo”.
A tocha foi entregue pelo diretor do Comitê Olímpico da Grécia, Spyros Capralos, à ex-nadadora japonesa Naoko Imoto, em um estádio cuja capacidade é de 50 mil pessoas, mas que contava com apenas algumas dezenas de espectadores. Horas depois, a delegação japonesa já voava de volta ao seu país, em um avião especial onde estava escrito “Tokyo 2020 Go”.
A tradicional viagem da tocha por todos os continentes já foi cancelada. Haverá apenas uma peregrinação da mesma por algumas cidades japonesas, a partir do dia 26 de março. Oficialmente, os Jogos Olímpicos de 2020 estão marcadas para o período entre 24 de julho e 9 de agosto.
O Japão é um dos países com menos casos de coronavírus no mundo: apenas 924, com 29 mortes. Os números são maiores que os do Brasil, mas podem ser considerados baixos se levado em conta que os primeiros casos apareceram ainda em janeiro, e essa e a evolução após dois meses.