O primeiro ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou nesta quarta-feira (11) novas restrições à circulação de pessoas com o objetivo de conter a crise do coronavírus. O país é o segundo com o maior número de casos confirmados e o que mais apresenta crescimento.
A medidas tomadas nesta quarta aprofundam as restrições anunciadas na segunda-feira, que já previam a proibição de locomoção de uma cidade para outra - com exceção de motivo de trabalho, de saúde ou de assistência a parentes doentes - , o fechamento de bares a partir das 18h e o cancelamento de aulas em universidades e escolas.
A partir de agora todos os estabelecimentos que não puderem garantir a distância de 1 metro entre clientes também não poderão abrir as portas, o que inclui salões de beleza e bares. Além disso, todo o comércio deve ficar fechado, com exceção de supermercados e farmácias.
As determinações tem validade até o dia 25 de março. "Para obter uma resposta eficaz dessas medidas teremos que esperar algumas semanas", disse em pronunciamento à nação.
Números de quarta-feira apontam que há 12.462 casos confirmados de Covid-19 e 827 mortes causadas em decorrência da doença.
Pandemia
Nesta quarta-feira, a OMS declarou que o mundo vive uma pandemia de Coronavírus. De acordo com o mais recente balanço do órgão, há mais de 113,7 mil casos em 114 países e 4.012 pessoas morreram.
Pressões econômicas
O governo italiano foi bastante criticado por demorar a tomar medidas mais duras contra o avanço do coronavírus, que começou a se espalhar na região da Lombardia. Segundo a documentarista brasileira Astrid Lima, que vive desde 1993 no país, a demora aconteceu aconteceu por pressões econômicas.
Coronavírus no Brasil
Segundo dados do Ministério da Saúde, já são 52 casos confirmados de Covid-19 no Brasil. São Paulo é o estado com o maior número de casos (30), seguido pelo Rio de Janeiro (13).
Com informações da Ansa Brasil