Escrito en
GLOBAL
el
Fevereiro chegou, e com ele uma nova realidade no Reino Unido, que oficializou finalmente o Brexit e já não faz parte da União Europeia. Porém, muita gente ainda está tentando se adaptar a essa nova realidade, e isso inclui aqueles que tentam recuperar algumas vantagens perdidas com a saída britânica do bloco europeu.
Um desses grupos que tenta resgatar seus benefícios é o dos músicos britânicos, que até o mês passado podiam transitar livremente pelo continente, o que ajudava a ter mais shows de grande público, em diferentes grandes centros da Europa. Agora, eles são considerados estrangeiros no resto do continente, e as turnês passaram a ser mais burocrático, e mais caro.
Por isso, um movimento criado pela roqueira Rachel Goswell, líder da banda Slowdive, reivindica a criação de um passaporte especial para permitir que os músicos tenham um status especial, e possam seguir realizando turnês pela Europa, como faziam até o dia 31 de janeiro.
Em 2018, a indústria musical gerou cerca de 1 trilhão de libras para a economia do Reino Unido, segundo Michael Dugher, diretor da UK Music, entidade que administra e regula a indústria de música no Reino Unido. Segundo ele, o Brexit afetará principalmente os músicos menos conhecidos, devido aos altos impostos e os trâmites que deverão realizar para poder viajar pela Europa.
“Já não será possível, por exemplo, que um músico ou uma banda toque em dois ou três países diferentes em cada semana, o que significa menos trabalho, e maior dificuldade para os que vivem da música”, comentou Dugher.
Para defender seu projeto, Rachel Goswell, decidiu realizar uma petição online, através da plataforma Change.org. No momento em que esta matéria foi publicada, a iniciativa da roqueira estava a menos de cem assinaturas de alcançar a marca de 60 mil. O objetivo, por enquanto, é chegar aos 75 mil.