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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou ao Congresso nesta terça-feira (4) em seu último discurso antes das eleições deste ano. A mensagem anual do presidente, no entanto, foi marcada por momentos tensos com a presidenta da Câmara, Nancy Pelosi.
A democrata rasgou uma cópia do discurso de Trump logo após seu pronunciamento, enquanto a Casa o aplaudia. O clima entre os dois já estava tenso desde que o presidente chegou ao púlpito, quando ele ignorou um aperto de mão de Pelosi e cumprimentou apenas o vice-presidente do país, Mike Pence.
Pelosi, que é responsável pela abertura do processo de impeachment de Trump, acompanhou o discurso do dirigente republicano franzindo a testa e rindo de forma incrédula durante vários trechos. Ao ser perguntada por um repórter sobre a razão de ter rasgado o discurso de Trump, Pelosi respondeu que "era a coisa mais cordial a se fazer, considerando as alternativas”.
Sobre o aperto de mão negado, Palosi escreveu no Twitter que “os democratas nunca deixarão de estender a mão da amizade para fazer o trabalho #ForThePeople (pelas pessoas). Vamos trabalhar para encontrar um campo comum onde for possível, mas permaneceremos firmes onde não for”.
https://twitter.com/Channel4News/status/1224997448361422848
O discurso
O pronunciamento do presidente norte-americano foi marcado por diversas menções ao Oriente Médio e a Venezuela. O principal opositor venezuelano, Juan Guaidó, foi um dos convidados de Trump para assistir ao discurso presencialmente na Câmara e, ao ser apresentado pelo republicano, foi chamado de "o verdadeiro e legítimo presidente da Venezuela".
Trump também prometeu "esmagar a tirania de Maduro" e alegou que "todos os estadunidenses estão unidos com o povo venezuelano em sua luta por liberdade".
Ao abordar a questão da imigração nos Estados Unidos, Trump voltou a falar da construção do muro na fronteira com o México e disse que, até o começo do próximo ano, os 800 km da barreira estarão completos.
O presidente também mencionou Qassem Soleimani, o general iraniano assassinado em um ataque estadunidense a Bagdá em 3 de janeiro. Trump classificou o general como o "carniceiro mais cruel do regime iraniano, um monstro que matou ou feriu milhares de militares dos EUA no Iraque".
Sobre seu próprio país, o presidente também afirmou que “anos de decadência econômica terminaram" e aproveitou para criticar a gestão de Barack Obama, seu antecessor. “Os dias daqueles que usavam o nosso país, aproveitavam-se dele, estando até desacreditado junto de outras nações, ficaram para trás”, declarou.