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A Assembleia Internacional dos Povos (AIP), uma articulação internacional de movimentos populares, partidos de esquerda e sindicatos, está organizando uma nova jornada anti-imperialista em diversos países. Atos, debates e conferências devem acontecer entre os dias 25 a 30 de maio.
O eixo principal da mobilização da AIP é a crítica ao capitalismo, também denunciando a intensa repressão às manifestações nos últimos anos, os ataques à democracia, a instabilidade geopolítica e fortalecendo a resistência popular. Entre os movimentos brasileiros que participam da Assembleia Internacional dos Povos, estão a Marcha Mundial de Mulheres, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Levante Popular da Juventude, entre outros.
“Nossa expectativa é justamente conseguir um processo muito amplo que envolva o conjunto dos movimentos populares, sindicais, dos partidos de esquerda, para alavancarmos um processo de mobilização neste momento de ofensiva da direita, tão forte, não só nas Américas como no mundo inteiro”, explica Nalu Faria, coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e integrante da AIP, em entrevista ao Brasil de Fato.
Nalu explica que outras pautas que permeiam as críticas ao capitalismo também serão debatidas na jornada, tais como a atuação de empresas transnacionais, os acordos de livre comércio e a militarização e a criminalização das lutas.
A jornada deste ano é fruto de outro encontro realizado pela AIP no início do ano passado, em Caracas, na Venezuela. Participaram do evento cerca de 500 pessoas de 87 países, representando 181 movimentos e organizações populares de todo o mundo. Outro evento de mesmo tipo foi o sediado em Havana, Cuba, em novembro do ano passado, chamado Encontro Anti-imperialista de Solidariedade, pela Democracia e contra o Neoliberalismo.