Rafael Correa lidera pesquisa no Equador e dois indígenas estão empatados no segundo lugar

Além da vantagem enorme na liderança, Correa conta com a recuperação de sua imagem positiva, que já é de 59,2%, enquanto o governo de Lenín Moreno é aprovado somente por 7,8%

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Ainda falta pouco menos de um ano para as eleições no Equador, mas a disputa presidencial já é o tema principal das conversas no país.

E mais agora, com a divulgação da primeira pesquisa eleitoral realizada pelo CIEE (Centro de Investigação e Estudos Especializados), um dos mais prestigiados do país, mostrando uma grande vantagem do ex-presidente Rafael Correa, que lidera as intenções.

Segundo o instituto, Correa tem 33,1% das preferências do eleitorado, e uma vantagem de quase 20 pontos sobre o segundo colocado, que é o democrata-cristão Jaime Nebot, ex-prefeito de Guaiaquil, que tem 13,8%.

A grande surpresa da sondagem é a aparição de dois líderes indígenas virtualmente empatados com o político tradicional que é segundo colocado. Um dele é Jaime Vargas, de 40 anos e presidente da CONAIE (Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador), que tem 13,7%. O outro é Leonidas Iza, de 38 anos e presidente do Movimento Indígena e Camponês de Cotopaxi, que tem 12,4%.

Ambos superam os demais acima da margem de erro, e esses demais são simplesmente o banqueiro Guillermo Lasso, que foi segundo colocado nas últimas eleições presidenciais, mas que agora só tem 7,7%, e Otto Sonnenholzner, atual vice-presidente e candidato governista, com apenas 2,3%.

Outro dado importante da pesquisa do CIEE é que mostrou que a popularidade de Correa voltou a crescer e sua imagem positiva já é de 59,2%. A diferença com o atual Lenín Moreno, cujo governo conta com apenas 7,8% de aprovação, é gritante.

Porém, vale lembrar que as eleições presidenciais no Equador acontecerão somente no dia 7 de fevereiro de 2021.

Além disso, os processos judiciais impulsionados pelo governo de Moreno contra Correa, através do seu Ministério da Justiça, impedem que sua candidatura seja viável, ao menos até o momento. O ex-presidente só não está preso porque se encontra em asilo político na Bélgica, país onde nasceu sua esposa.