A rápida propagação do vírus Covid-19 (nome científico da mais recente mutação do coronavírus) já está ameaçando a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
O evento está programado para acontecer entre 24 de julho e 9 de agosto deste ano, mas a possibilidade de o coronavírus se tornar uma pandemia – ou seja, uma epidemia de proporções globais – levanta dúvidas a respeito da viabilidade do evento.
A polêmica aumentou ainda mais quando o canadense Dick Pound, membro mais antigo da direção do COI (Comitê Olímpico Internacional), admitiu que existe a possibilidade de os Jogos Olímpicos de Tóquio não se realizarem. A declaração não foi desmentida nem confirmada pela entidade, que mantém sua postura de não dar declarações mais contundentes sobre o tema.
Os membros do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio 2020 asseguram que “não há razão para o cancelamento do evento, e acreditamos que a opinião do senhor Pound não reflete a visão de uma maioria de membros do COI”, afirma Toshiro Muto, diretor do Comitê japonês.
No entanto, Muto admitiu que alguns eventos pré-olímpico programados poderia sim ser cancelados, o que mantém as dúvidas a respeito do evento principal. Além disso, a imprensa japonesa já especula que, caso a OMS (Organização Mundial da Saúde) decrete uma pandemia do vírus, será difícil para o comitê local impedir o cancelamento.
Apesar de tudo, o diretor anunciou uma série de medidas de saúde que serão adotadas durante o evento, incluindo a distribuição gratuita de máscaras e desinfetantes a toda a população a partir de março, para evitar a disseminação do vírus.
O vírus Covid-19 já contagiou mais de 80 mil pessoas em todo o mundo, com quase 3 mil casos fatais. Mais de 95% dos casos são na China, país vizinho do Japão. Em terras nipônicas, o novo coronavírus já contagiou 35 pessoas, causando 2 mortes.