A rápida propagação do coronavírus na Itália faz com que o país europeu seja, depois da China, o que mais causa preocupação no mundo, com respeito à nova epidemia mundial.
Neste sábado (22), após a confirmação de 120 casos oficiais, dois deles com resultado de morte, o governo da Itália decretou toque de recolher em 11 cidades do país, medida que deverá afetar ao menos 50 mil pessoas. As cidades são: Codogno, Castiglione d'Adda, Casalpusterlengo, Fombio, Maleo, Somaglia, Bertonico, Terranova dei Passerini, Castelgerundo, San Fiorano e Vò.
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, afirmou que “se necessário, utilizaremos as Forças Armadas (para garantir o toque de recolher), mas estamos muito confiantes de que teremos a colaboração dos cidadãos, e as medidas de força não serão necessárias”.
A região mais afetada pela doença é a Lombardia, com 89 casos. No entanto, a cidade de Milão, a mais importante da zona, não apresenta nenhum caso confirmado, e não está entre as áreas consideradas de risco.
Outras regiões afetadas são o Vêneto, que tem 25 casos, Emilia-Romagna, com 9, e o Piemonte, com apenas 6. O chefe da Proteção Civil do país, Angelo Borrelli, afirma que, além dos dois falecimentos, outras 26 pessoas contagiadas estão em terapia intensiva.
Borrelli também explica que a lista de doentes não inclui os dois turistas chineses, que, supostamente, teriam sido os introdutores do vírus Covid-19 no país, e que se encontram em um centro hospitalar em Roma. Um deles já recebeu alta, enquanto o outro está se recuperando bem, e deve estar curado em breve, segundo os médicos italianos.