Um garoto homossexual caminhava com amigos neste domingo (16), pelas ruas da cidade de Renca, na região metropolitana de Santiago, capital do Chile, quando foi abordado por dois sujeitos que passaram a hostilizá-lo por sua sexualidade.
Um desses amigos tentou defendê-lo, mas acabou sendo atacado com uma arma branca, introduzida em seu abdômen. Horas depois, faleceu em um hospital local.
A vítima não teve sua identidade revelada pela polícia chilena, só se sabe que tinha 22 anos, assim como o amigo que ele salvou, que era um ex-colega de escola.
Os assassinos fugiram da cena do crime, mas foram presos nesta segunda-feira (17). Segundo a imprensa local, eles confessaram a autoria do crime, mas alegam que foram atacados primeiro, situação que é negada por outras testemunhas.
O Movilh (Movimento pela Integração e Liberação Homossexual), uma das entidades mais ativas no Chile pelos direitos LGBTI, afirmou que pretende ser parte da acusação no caso, e que pretende pedir a aplicação da Lei Anti Discriminação, que aumenta as penas em casos de racismo, machismo e homofobia.
“Repudiamos com todas as nossas forças este novo crime de ódio. É lamentável e muito triste que pessoas estejam em risco por serem LGBTI e que, agora, até aqueles que defendem seus seus amigos de abusos homofóbicos sofram com esse mesmo risco”, comentou o porta-voz do Movilh, Oscar Rementería.
Ainda segundo Rementería, “o crime de homofobia não se materializa somente se a vítima é homossexual, e este caso comprova isso, porque a ação em si é provocada pela homofobia dos assassinos contra o garoto que foi hostilizado, que foi o mesmo ódio, desta vez letal, contra aquele que tentou defendê-lo”.