As prévias do Partido Democrata não começaram nada bem para Michael Bloomberg. O magnata das comunicações teve um desempenho pífio nas duas primeiras disputas estaduais, em Iowa e New Hampshire, amargando um nono lugar em termos de votação, e pior ainda em eleição de delegados: não conseguiu nenhum até agora, enquanto os líderes Pete Buttigieg e Bernie Sanders já têm mais de 20 cada um.
Para mudar esse cenário, o empresário pretende fazer diversos golpes midiáticos nos próximos dias, e o principal deles seria o anúncio de Hillary Clinton como sua vice-presidente. A ex-senadora, ex-primeira dama e ex-Secretária de Estado do governo de Barack Obama está afastada da política desde 2016, quando perdeu a eleição para o atual presidente, Donaldo Trump.
Na sexta-feira (14), Bloomberg afirmou que vai gastar cerca de 3 milhões de dólares por dia para revitalizar sua campanha, e que traria novidades de impacto durante esta semana.
O principal problema do magnata, segundo muitos analistas estadunidenses, é o seu passado: ele foi prefeito de Nova York entre 2002 e 2014, então eleito pelo Partido Republicano. A ideia de trazer Hillary, uma figura histórica do Partido Democrata, é tentar se desvencilhar da ideia de que é um invasor na legenda.
Quando assumiu a candidatura, em novembro de 2019, Bloomberg declarou que estava motivado pela missão de “salvar os Estados Unidos de Donald Trump e do extremismo da esquerda”.
A parte final do comentário é uma clara alusão ao senador Bernie Sanders, que, naquele então, já ameaçava Joe Biden, que era o líder das pesquisas sobre as prévias do Partido Democrata – e que, agora, aparece bem atrás de Sanders, tanto em votos, quanto em delegados eleitos, e também nas pesquisas mais recentes, sobre as próximas prévias.