Muitos brasileiros estão mal informados sobre a greve dos petroleiros, que já chegou ao seu 17º dia. Isso porque a mídia brasileira tenta ignorar o fato de que o assuntou já foi até tendência nas redes sociais. A Rede Globo, especialmente, tenta esconder o fato, e até manipular a opinião pública contra os trabalhadores.
Porém, fora do território brasileiro, a reperussão é bem diferente. Apesar de que a ausência de notícias na imprensa local também dificulte o trabalho dos correpondentes que cobrem o Brasil, alguns meios estrangeiros tem publicado notas sobre a paralisação, e algumas com mais profundidade que aquela que se autodenomina "imprensa objetiva", os dos meios tradicionais brasileiros.
Por exemplo, o jornal espanhol El País publicou, em seu suplemento de economia, uma matéria falando sobre o início da greve e que se prolongará por tempo indeterminado. A matéria também explica que “a FUP (Federação Única dos Petroleiro), que representa 13 diferentes sindicatos, iniciou a paralisação devido ao fechamento de um fábrica no Paraná, que levará à demissão de cerca de 400 empregados, e pelo fato de a estatal descumprir o acordo de negociação coletiva ”.
Outro meio que está cobrindo a greve é a cadeia internacional TeleSur, com sede em Caracas. A emissora vem atualizando diariamente as informações sobre a greve, e inclusive já noticiaram o recente apoio dos caminhoneiros à cauda dos petroleiros.
A agência de notícias argentina Télam também noticiou a greve, e contou que ela “afeta 12 refinarias e quatro terminais, nos estados de Amazonas, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”.
Outro meio que destacou o fato é o site da IndustriALL Global Union, uma confederação internacional de trabalhadores industriais que representa cerca de 50 milhões de trabalhadores, em 140 países. Sua matéria sobre o tema afirma que “o governo do presidente Jair Bolsonaro apoia a privatização da Petrobras ”, e que “durante cinco anos, a companhia petrolífera cortou seus investimentos no Brasil em 50%, resultando na perda de 270 mil empregos, diretos e terceirizados”.