Em uma coletiva para a imprensa nacional e internacional, realizada em Caracas, nesta sexta-feira (14), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comentou sobre a denúncia que seu país iniciou no dia anterior, na Corte Penal Internacional na que acusa os Estados Unidos de atentar contra a estabilidade política e o bem-estar do povo venezuelano através das sanções econômicas impostas contra o país desde 2014.
Segundo o mandatário venezuelano, “não restou outra opção, a não ser buscar a justiça internacional, já que há muito tempo nós vínhamos pedindo algo tão simples como o respeito ao direito internacional, à legalidade mundial”.
Em outro momento, Maduro classificou as sanções estadunidenses contra o seu país como “crimes de lesa humanidade contra o povo venezuelano”.
“As sanções estadunidenses contra a Venezuela mantêm as nossas contas congeladas e impedem a entrada ao país de alimentos, medicamentos e produtos de primeira necessidade, o que viola o direito internacional. Esta guerra econômica do governo dos Estados Unidos é também uma guerra estrutural contra a sociedade venezuelana, tão criminosa quando as que lançam bombas, porque é como uma guerra invisível, mas deixa mais mortos e feridos que as guerras visíveis”, afirmou Maduro.
Na quinta-feira (13), uma delegação do Ministério de Relações Exteriores da Venezuela protocolou a ação contra os Estados Unidos na Corte Penal Internacional de Haia, para declarar como ilegais as sanções econômicas que recebeu das administrações de Barack Obama e Donald Trump.