Seu nome é José Rogel e era diretor do Centro Médico Adolfo López Mateos, na cidade de Toluca, no interior do México, foi temporariamente afastado de seu cargo, após alguns funcionários denunciarem que ele incluiu nove parentes na lista de prioridades da vacinação contra o coronavírus.
A campanha de vacinação no México foi iniciada no dia 24 de dezembro, e estabeleceu prioridade a profissionais da saúde, já que o país conta com 54 mil doses da vacina desenvolvida em conjunto pelos laboratórios Pfizer (Estados Unidos) e BionTech (Alemanha).
Mas Rogel preferiu não esperar a segunda etapa da campanha, que deve acontecer em meados de janeiro – quando chegam novos lotes e novas vacinas ao país, além de doses da vacina de Oxford que estão sendo produzidas no próprio México.
Ele colocou ao menos 6 familiares na lista (sua esposa, as duas filhas e três irmãos), situação que foi descoberta e denunciada por outros trabalhadores.
O Organismo de Controle Interno da Prefeitura de Toluca informou que José Rogel foi afastado do cargo de diretor, enquanto o caso está sendo investigado. Também indicou que ele poderia ser demitido do cargo, caso fique comprovada a sua influência para a inclusão dos parentes na lista.
O caso gerou tanta repercussão no México que Rogel ganhou até um apelido da imprensa mexicana: “Lorde Vacina”, e até o presidente Andrés Manuel López Obrador se referiu a ele, em uma entrevista coletiva, nesta quarta-feira (30).
“A investigação está sendo feita e deve ser exemplar, para mostrar que já não podemos aceitar esse tipo de ‘influencialismo’ no serviço público”, disse o mandatário.