O lema da campanha pelo aborto legal na Argentina era “será lei”, mas isso ficou no passado, porque agora É LEI!
O projeto que legaliza a interrupção voluntária da gravidez em todos os casos e permite realizá-lo no sistema público de saúde foi aprovado pelo Senado na madrugada desta quarta-feira (30), com 38 votos a favor, 29 contrários e 1 abstenção.
O projeto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 11 de dezembro, com 131 votos a favor e 117 contra, e com o resultado positivo no Senado fica faltando apenas a assinatura do presidente Alberto Fernández, que poderia acontecer ainda em 2020.
Com isso, o mandatário argentino cumpre a promessa de campanha de fazer o governo apoiar o projeto de legalização do aborto, algo inédito na história da luta das mulheres argentinas por esse direito.
Desde 2007, o movimento feminista argentino impulsionou ao menos 4 iniciativas visando a legalização do aborto, as quais nunca contaram com o apoio do governo de turno.
Mesmo durante o governo de Cristina Kirchner (2007-2015), que foi contra os projetos no passado, mas que apoiou desta vez, como presidenta do Senado – inclusive, foi ela a responsável por anunciar o resultado histórico.