EUA e Europa pedem que jornalista chinesa seja libertada

Zhang Zhan foi condenada por sua cobertura sobre Covid-19; Pompeo acusa China de acobertar dados e internautas lembram de Julian Assange

A jornalista chinesa Zhang Zhan (Reprodução/Twitter)
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Os Estados Unidos e a União Europeia exigiram, nesta terça-feira (29), que a China liberte a jornalista independente Zhang Zhan, 37 anos. A profissional foi condenada a quatro anos de prisão por um tribunal chinês por “brigar e causar problemas” com a cobertura jornalística e divulgação de imagens de hospitais lotados e ruas vazias no ápice da pandemia do coronavírus em Wuhan, primeiro epicentro da Covid-19 no mundo.

No pedido que fez por parte de seu governo, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, acusou o governo chinês de “acobertar” o estado da Covid-19 no país. Ele é parte do primeiro escalão do governo de Donald Trump, que desde o início da pandemia se refere ao Sars-Cov-2 como o “vírus chinês”, atribuindo a responsabilidade da emergência sanitária ao país asiático.

Nessa linha, Pompeo escreveu em seu Twitter acusações ao governo chinês.

“Diante das mentiras do Partido Comunista Chinês, as reportagens sem censura da cidadã chinesa e jornalista Zhang Zhan deram ao mundo uma janela muito necessária na eclosão da Covid-19. Ela deveria ser celebrada por sua coragem – não presa por isso.”

https://twitter.com/SecPompeo/status/1343964830479355912

Mas ele não ficou sem resposta. Os internautas lembraram de Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, que publicou uma série de documentos secretos do governo dos EUA que continham, entre outros, dados sobre o ataque aéreo a Bagdá em 2007 e registros da Guerra do Afeganistão.

https://twitter.com/Yoli22258018/status/1343973569454333952

Com informações da AFP