O Pentágono entrou em alerta vermelho, pois não descarta que Donald Trump decida mobilizar seus apoiadores para obstruir o processo de transição de poder ao futuro governo de Joe Biden.
Os comandos militares elaboraram planos secretos de emergência, caso as Forças Armadas sejam convocadas a manter ou restaurar a ordem civil, durante o período de tomada de posse do novo presidente, segundo publicou a Newsweek.
Conforme informações de um oficial, que falou ao portal norte-americano sob condição de anonimato, o plano está sendo mantido em segredo da Casa Branca e de apoiadores de Trump no Pentágono, por medo que possa ser reprimido.
“Há mais de 40 anos tenho ligação com o setor militar e nunca vi discussões como as que estão decorrendo agora, e a necessidade de tais discussões", afirmou o oficial, hoje aposentado.
“Agora, por causa do coronavírus, o presidente tem poderes de emergência sem precedentes, e algumas pessoas podem convencê-lo – especialmente se der ouvidos a certos apoiadores – de que ele [Trump] tem poderes ilimitados e está acima da lei”, declarou um juiz, advogado-geral aposentado.
Lei marcial
Ele afirmou, ainda, que o presidente dos EUA, como comandante supremo das Forças Armadas, pode declarar lei marcial em circunstâncias excepcionais. Porém, segundo o juiz, os militares não vão obedecer a nenhuma ordem que viole a lei.
Alguns veículos de comunicação norte-americanos já tinham divulgado que Trump teria convidado seu ex-chefe de Segurança Nacional, Michael Flynn, para conversar sobre como reverter o resultado das eleições presidenciais. Flynn, em entrevista à Newsmax, falou a respeito da opção de usar a lei marcial e as Forças Armadas para forçar novas eleições.
Com informações da Sputnik