Apesar de o colégio eleitoral já ter declarado Joe Biden como presidente eleito dos Estados Unidos, na última segunda-feira (14), o atual mandatário, Donald Trump, não parece disposto a assumir a derrota que o impedirá de ter um segundo mandato consecutivo na Casa Branca.
Segundo reportagem do diário New York Times publicada neste sábado (19), o magnata manteve uma reunião no Salão Oval da Casa Branca, a qual teria chegado “aos gritos”, segundo o relatado pelos repórteres que assinam o texto (Maggie Haberman e Zolan Kanno-Youngs).
O texto também relata que entre os presentes estavam o advogado pessoal de Trump, Rudolph Giuliani, o ex-assessor de Segurança Nacional, Michael Flynn e a ex-promotora Sidney Powell, defensora de uma teoria conspiratória de que o governo da Venezuela teria influenciado na apuração das eleições estadunidenses a partir de um suposto método desenvolvido por Hugo Chávez.
A matéria inclusive do New York Times afirma, inclusive, que Trump chegou a cogitar a nomeação de Powell para o conselho encarregado da investigação sobre as supostas fraudes cometidas na apuração.
Outra estratégia debatida na reunião foi a de convocar um “protesto selvagem” no dia 6 de janeiro, em Washington, quando o Congresso estadunidense terá a sessão especial que confirma os resultados eleitorais.
Alguns assessores, segundo a matéria do diário estadunidense, teriam proposto o uso da lei marcial para reverter o resultado do pleito, e assim inflamar os seguidores de Trump a participar do protesto contra o Legislativo baseados nesse cenário.