O Ministério de Relações Exteriores da Bolívia anunciou nesta segunda-feira (14) a reabertura das embaixadas do país na Venezuela, na Argentina, em Cuba, no México, na Nicarágua e no Irã.
As seis sedes diplomáticas foram fechadas por determinação do governo ditatorial de Jeanine Áñez, ex-senadora imposta no poder pelas Forças Armadas, após o golpe de Estado contra o governo legítimo de Evo Morales, realizado no dia 10 de novembro de 2019.
Aquele golpe acabou com 13 anos de governo do MAS (Movimento ao Socialismo) na Bolívia, mas a posterior ditadura acabou sendo apenas um hiato na história do país, já que as eleições presidenciais deste ano foram vencidas pelo economista Luis Arce, candidato do MAS e ministro da Economia durante quase todo o período de governo de Morales.
O chanceler boliviano Rogelio Mayta afirmou que “o Estado boliviano deve interagir com todos os países do mundo no âmbito do respeito à soberania, e dialogar com todas as nações, para promover a unidade no América Latina”.
Mayta também criticou a postura do governo de Áñez para com os vizinhos, dizendo que a antecessora “se sujeitava às ordens enviadas dos Estados Unidos, que apagaram a Bolívia do mapa e causaram tensões desnecessárias e exageradas com vários países”.