ONU exclui Bolsonaro de debate sobre o clima: Só para planos ambiciosos

As propostas apresentadas pelo governo sobre questões climáticas foram consideradas inferiores e insuficientes para incluir o país na lista de participantes

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A Organização das Nações Unidas (ONU) excluiu Jair Bolsonaro do rol de líderes que estarão presentes na cúpula do clima. O encontro está previsto para este sábado (12), de acordo com informações da coluna de Jamil Chade, do UOL.

A entidade divulgou um comunicado, no qual apresenta uma lista de 77 chefes de Governo e de Estado, que terão direito à palavra durante a cúpula. Bolsonaro está fora.

A porta-voz da ONU, Alessandra Vellucci, em coletiva nesta sexta-feira (11), em Genebra, na Suíça, confirmou que o Brasil não faz parte da lista.

“Vi que o Brasil não está nesta lista. Mas os três anfitriões, ONU, França e Reino Unido, deram aos Estados orientações claras desde o começo de que as vagas para os palestrantes iriam para países e outros atores que pudessem mostrar mais ambição neste momento, seja na área de mitigação, adaptação ou resiliência, financiamento, seja por planos concretos ou outras ações”, disse.

Derrota diplomática

Mesmo praticamente sem tempo, o Itamaraty tenta reverter uma das piores derrotas diplomáticas do governo Bolsonaro.

A reunião virtual servirá para marcar os cinco anos do Acordo de Paris. Porém, os organizadores decidiram transformar o encontro em um marco dos compromissos dos governos e já preparar a cúpula de 2021, em Glasgow (Escócia).

A condição para que um chefe de Estado ou de Governo participe é que apresente novas e “ambiciosas” metas de redução de emissões ou de preservação da floresta.

O governo Bolsonaro chegou a apresentar suas metas de emissões para o ano de 2060 e submeteu seus planos à ONU. As propostas foram consideradas inferiores ao que se esperava. Por isso, os representantes da entidade acharam que os planos brasileiros não eram suficientes para incluir o país na lista de participantes.

Na América Latina, estão confirmados Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Guatemala, Honduras, Panamá, Peru e Uruguai.