“Segunda onda será pior que a primeira também para a economia”, afirma ganhador do Nobel

Economista estadunidense Joseph Stiglitz fez apelo para que os países com economia mais desenvolvida “façam todo o possível para superar totalmente a pandemia o quanto antes”, e diz que só assim haverá recuperação econômica

Escrito en GLOBAL el

A segunda onda da pandemia de covid-19 no hemisfério norte, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, é a grande preocupação dos governos, não só por temas sanitários mas também econômicos.

É o que diz o economista estadunidense Joseph Stiglitz, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2001. Em uma conferência virtual com especialistas latino-americanos de diferentes áreas, ele apontou que a grande preocupação dos governos deve estar em agilizar uma saída para a pandemia, já que há alternativas de vacinas que podem estar disponíveis a médio ou até a curto prazo.

“A segunda onda tende a ser maior que a primeira, e um novo desastre em termos sanitários será refletido em um desastre similar em termos econômicos. O mundo tem que superar esta pandemia o quanto antes e é preciso gastar o que for preciso, senão é impossível pensar em recuperação econômica”, analisou o economista.

Stiglitz aproveitou para elogiar o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Para ele, o resultado das eleições em seu país tem a ver, em grande parte, com o fato de que o candidato do Partido Democrata “ofereceu uma política mais convincente de reconstrução do país que só pode acontecer após vencer a pandemia, com uma política pública mais robusta para isso”.

No entanto, Stiglitz não é otimista com relação a como será o mundo pós-pandemia, e prevê dificuldades econômicas em muitos países. “Será muito difícil recuperar uma economia global se houver muitos países no mundo com grandes dívidas”, comentou.

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar