Chanceler acusa representantes de Guaidó de saquearem Embaixada da Venezuela em La Paz

Jorge Arreaza filmou a retomada da sede diplomática na Bolívia por parte de representantes do governo de Nicólas Maduro, e denunciou opositores por “roubo de livros, computadores e obras de arte” durante período da ditadura de Áñez

Jorge Arreaza, na retomada da Embaixada da Venezuela em La Paz (foto: Chancelaria Venezuela)
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O chanceler venezuelano Jorge Arreaza filmou o momento em que ele e demais representantes do governo de Nicolás Maduro retomaram o controle da sede diplomática da Venezuela em La Paz, nesta segunda-feira (9).

Depois do golpe de novembro de 2019, que derrubou o governo de Evo Morales, a ditadura de Jeanine Áñez passou a desconhecer Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, e a considerar que o deputado Juan Guaidó, líder de um setor da oposição venezuelana, é o verdadeiro mandatário do país. Por isso, também desalojaram a Embaixada do país na capital boliviana também passou a ser ocupada por representantes de Guaidó, que permaneceram no local até a semana passada.

Com a proclamação de Luis Arce como novo presidente da Bolívia, a Embaixada da Venezuela em La Paz foi devolvida aos representantes do governo de Nicolás Maduro, e o próprio chanceler Jorge Arreaza, que representou seu país na cerimônia de posse, neste domingo (8), foi quem liderou a retomada do edifício.

Inclusive, seus assessores gravaram um vídeo no qual ele entra no escritório principal do edifício e retira um quadro de Guaidó que estava na parede, na qual o deputado faz pose típica de foto presidencial (mas sem a faixa, claro). Arreaza deixou o quadro do opositor no chão, e o lugar na parede onde ele estava passou a ser ocupado por um retrato de Simón Bolívar, libertador da Venezuela e de outros países da região.

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Em seguida, o chanceler ordenou que se fizesse uma verificação dos objetos deixados pelos representantes de Guaidó na sede diplomática. Ele disse que esse trabalho ainda não está concluído, mas “já é possível constatar que algumas coisas foram roubadas, como livros, computadores e obras de arte, incluindo um busto do Libertador (Simón Bolívar)”.

“Não sobrou um computador aqui, nem uma caneta, um servidor, um selo, nada. E depois eles dizem que nós (os chavistas) somos os usurpadores… eles desmantelaram a embaixada”, afirmou Arreaza, que responsabilizou Juan Guaidó e o suposto diplomata José Gregorio Cumare Hernández, que se manteve como “embaixador” da Venezuela em La Paz durante o período da ditadura de Jeanine Áñez.