A Bolívia voltou a ter um presidente legítimo neste domingo (8). O economista Luis Arce assumiu a presidência do país andino, em cerimônia ocorrida nesta manhã, em La Paz.
Arce foi eleito nas eleições do dia 18 de outubro, com uma vitória no primeiro turno, graças aos 55% dos votos obtidos, e uma vantagem gigantesca sobre o segundo colocado, Carlos Mesa, representante da direita liberal.
A chegada de Arce ao poder coloca fim à ditadura de Jeanine Áñez, que foi imposta pelas Forças Armadas do país, após o golpe de Estado de 10 de novembro de 2019, que derrubou o governo legalmente constituído de Evo Morales.
Entre as personalidades de destaque que estiveram presentes estão os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Mario Abdo Benítez (Paraguai) e Iván Duque (Colômbia); o rei Felipe VI (Espanha), acompanhado por Pablo Iglesias (vice-presidente da Espanha), além do chanceler Mohamad Yavad Zarif (Irã).
Convidado, Jair Bolsonaro não esteve presente e tampouco enviou representantes à cerimônia. O presidente brasileiro apoiou o golpe de 2019, através da figura do empresário Luis Fernando Camacho, líder das organizações civis que promoveram a desestabilização do governo de Morales. Camacho também foi candidato presidencial, novamente apoiado por Bolsonaro, mas terminou o pleito em terceiro lugar, com meros 14% dos votos.
O ex-presidente Evo Morales, que está em asilo político na Argentina desde o golpe sofrido no ano passado, não esteve presente na cerimônia deste domingo. Ele tem seu regresso ao país – mais precisamente à cidade de Cochabamba, onde mora – programado para está terça-feira (10).