Bolsonaro se mantém em silêncio, apesar de o mundo inteiro já aceitar vitória de Biden

A maioria dos grandes líderes mundiais já felicitaram o presidente eleito formalmente, através de comunicados, e até em suas redes sociais. Só o Palácio do Planalto e a conta de Twitter do presidente do Brasil continuam calados

Jair Bolsonaro e Joe Biden (Foto: Montagem)
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A vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, confirmada neste sábado (7), já repercutiram no mundo inteiro, e provocaram a reação da maioria dos mais importantes líderes mundiais.

A começar pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que declarou que “nossos dois países são amigos íntimos, parceiros e aliados. Compartilhamos um relacionamento único no cenário mundial. Estou realmente ansioso para trabalharmos juntos”.

Na Europa, o presidente francês, Emmanuel Macron felicitou Joe Biden e Kamala Harris, e afirmou que “há muito a fazer para superar os desafios de hoje. Vamos trabalhar juntos”. Por sua parte, a chanceler alemã Angela Merkel disse estar “ansiosa por uma futura cooperação com o presidente Biden (…) nossa amizade transatlântica é insubstituível se quisermos enfrentar os grandes desafios de nosso tempo”.

Já o presidente espanhol, Pedro Sánchez, disse que está “pronto para cooperar com os Estado Unidos e enfrentar os grandes desafios globais”. Finalmente, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson cumprimentou Biden e destacou o fato de que sua vice, Kamala Harris, será a primeira mulher a ocupar o cargo, o que ele classificou como uma “conquista histórica”.

Na América Latina, presidente argentino, Alberto Fernandéz, publicou mensagem para “felicitar o povo norte-americano pelo comparecimento recorde nas eleições, uma clara expressão da vontade popular. Saudações para Joe Biden, próximo presidente dos Estados Unidos, e Kamala Harris, que será a primeira vice-presidente mulher do país”.

O colombiano, Iván Duque, que também é um representante da extrema-direita e aliado preferencial do Partido Republicano, não deixou que sua preferência o impedisse de reagir à vitória do Partido Democrata: “parabenizamos Joe Biden, novo presidente dos EUA e Kamala Harris, primeira vice-presidente mulher dos EUA.  Desejamos a vocês muito sucesso em seu governo. Trabalharemos juntos para fortalecer a agenda comum em comércio, meio ambiente, segurança e na luta contra o crime transnacional”.

Na esquerda também houve reações, como a do ex-presidente boliviano Evo Morales: “a derrota eleitoral de Trump é a derrota das políticas racistas e fascistas. Suas práticas intervencionistas foram derrotadas e, também, seus ataques desumanos contra a Mãe Terra”.

Se em meio a todas essas mensagens você sentiu falta de alguém, não é só impressão sua. O Brasil realmente não se pronunciou a respeito. Até as 16h30 deste sábado, mais de 3 horas depois de conhecido o resultado que tornou Biden presidente eleito dos Estados Unidos, nem o Palácio do Planalto, nem o Itamaraty, nem a produtiva conta de Twitter de Jair Bolsonaro, nem nenhum outro canal oficial ligado ao governo publicou qualquer mensagem relacionada com o assunto.

A última mensagem de Bolsonaro em sua conta de Twitter foi publicada pouco depois das 16h, quando já se sabia sobre o resultado das eleições estadunidenses, mas era sobre a situação no Amapá. Depois disso, ele não se pronunciou mais, e continuou ignorando a vitória de Biden nos Estados Unidos por pelo menos mais meia hora - quando esta matéria foi publicada.

https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1325155323863248896

Quem sim comentou foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com um tuíte no qual afirmou que o triunfo de Biden “restaura os valores da democracia verdadeiramente liberal, que preza pelos direitos humanos, individuais e das minorias”.

Outro que reagiu foi o governador de São Paulo, João Doria, que se disse “feliz com a vitória do candidato eleito presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Ele é um defensor da democracia e das relações multilaterais. Bom para os EUA, bom para o Brasil”.