Netanyahu é o primeiro aliado a “trair” Trump e aceitar vitória de Biden

Primeiro-ministro de Israel teve reunião em videoconferência com o presidente eleito dos Estados Unidos, a qual classificou como “uma conversa calorosa” sobre a relação entre os dois países

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Muitos líderes mundiais já haviam felicitado Joe Biden como presidente eleito dos Estados Unidos, mas ainda faltavam os aliados mais próximos de Donald Trump, o atual presidente que perdeu a disputa pela reeleição mas se recusa a admitir a derrota.

Isso começou a mudar nesta terça-feira (17), com uma reunião por videoconferência entre Biden e um desses aliados mais fieis, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Segundo comunicado da equipe de campanha do líder do Partido Democrata, a conversa teria sido “bastante produtiva”, e terminou com Biden fazendo aquilo que todo novo presidente estadunidense faz: ratificando seu “profundo compromisso com Israel e sua segurança”.

Por sua parte, o premiê israelense classificou a reunião como “uma conversa calorosa” sobre a relação entre os dois países, e enfatizou que “o vínculo especial com os Estados Unidos continuará sendo um componente fundamental para a segurança e a política de Israel”.

“Como amigo de longa data de Israel, você sabe que nossa amizade se baseia em valores que vão além da política partidária. Não há dúvida de que, sob sua liderança, os Estados Unidos permanecerão comprometidos com segurança e sucesso de Israel”, acrescentou Netanyahu.

O líder israelense não fez nenhum tipo de comentário sobre as polêmicas envolvendo o resultado das eleições estadunidenses e tampouco sobre o atual presidente Donald Trump e sua recusa em reconhecer sua derrota nas urnas.

Netanyahu também é um aliado próximo de Jair Bolsonaro, mas não é possível afirmar, ao menos por enquanto, que seu reconhecimento a Biden possa fazer o presidente brasileiro mudar sua postura de, até agora, total fidelidade ao discurso pós-eleitoral de Trump.