O governo do Irã negou neste sábado (14) que o homem considerado como número 2 da Al-Qaeda tenha sido morto, como foi noticiado pelo jornal The New York Times na última sexta-feira (13).
Abdullah Ahmed Abdullah, conhecido como Abu Muhammad al-Masri, teria sido morto secretamente pelas forças iranianas, segundo a reportagem do jornal estadunidense. A matéria relatava que Al-Masri teria sido baleado nas ruas de Teerã há três meses. Ela foi baseada em informações de fontes da inteligência americana passadas ao jornal. O terrorista é acusado de planejar atentados a embaixadas dos EUA. Ele consta no site de procurados do FBI, a polícia federal norte-americana.
Em um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias do governo iraniano, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Saeed Khatibzadeh, negou até mesmo que algum integrante da Al-Qaeda esteja naquele país.
“De vez em quando, Washington e Tel Aviv tentam amarrar o Irã a tais grupos, mentindo e vazando informações falsas para a mídia a fim de evitar a responsabilidade pelas atividades criminosas desse grupo e de outros grupos terroristas na região", disse o porta-voz. Ele ressaltou que a formação da Al-Qaeda foi “a política errada dos Estados Unidos e seus aliados na região”.
O grupo foi fomentado pelos Estados Unidos no final dos anos 1970 e início dos 1980 para combater a presença da então União Soviética no Afeganistão.