O aumento vertiginoso do número de casos de covid-19 (infecção causada pelo novo coronavírus) tem levado o governo do Reino Unido tomar medidas mais enérgicas para evitar maiores consequências. Entre elas está a decisão de agilizar o processo de revisão dos dados clínicos da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford.
A administração de Boris Johnson espera iniciar o processo de vacinação da população ainda em 2020, antes de que se inicie o inverno no hemisfério norte (em 21 de dezembro, no mesmo dia em que começa o verão no hemisfério sul), ou no máximo até a primeira semana de janeiro de 2021, de forma a que ela esteja imunizada durante a maior parte da estação mais fria do ano, quando a pandemia poderia gerar um colapso do sistema hospitalar.
Para que a aceleração do processo de finalização da vacina seja possível, o governo britânico conta com o compromisso tanto dos cientistas da Universidade de Oxford, responsáveis por desenvolver o imunizante, como da farmacêutica AstraZeneca, que está trabalhando no registro, produção e distribuição das doses.
Vale lembrar que a vacina de Oxford teve parte da sua terceira fase de testes clínicos realizada no Brasil, graças a um acordo com o Ministério da Saúde e a Fiocruz, que também implica na compra de 30 milhões de doses que, segundo um memorando de entendimento, deveriam ser entregues ao país entre o final de dezembro e começo de janeiro.
Também graças ao acordo, existe a possibilidade de o Brasil produzir suas próprias doses da vacina, a partir do primeiro semestre de 2021.
Além da aceleração do processo de finalização da vacina, o Reino Unido também anunciou a retomada, neste fim de semana, das medidas de isolamento nos principais centros urbanos, após o país superar a marca de 1 milhão de contagiados por covid-19.