Após plebiscito, Nova Zelândia aprova legalização da eutanásia em pacientes terminais

Resultados preliminares indicam que 65% votaram a favor da medida. Em outro referendo, população rejeitou a legalização da maconha

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern (Foto: Reprodução)
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Após consulta popular, a Nova Zelândia aprovou nesta sexta-feira (30) a legalização da eutanásia em pacientes terminais com estimativa de vida de menos de seis meses. Resultados preliminares apontam que 65,2% das pessoas que votaram foram a favor da medida, o que faz com que o país se torne o primeiro do mundo a aprovar a prática através de referendo.

Segundo reportagem do DW, para ter direito à medida, pacientes devem ter mais de 18 anos e contar com a aprovação de dois médicos. Com isso, profissionais poderão utilizar um medicamento letal em adultos que?sejam vítimas de?uma?doença?terminal e?que lhes cause "sofrimento insuportável". A Associação Médica da Nova Zelândia, no entanto, se opôs à legalização da prática por considerar a proposta antiética.

Apesar de votarem a favor de uma pauta considerada polêmica em muitos países, a Nova Zelândia manteve um posicionamento conservador em relação à legalização da maconha. No mesmo referendo, 53,1% rejeitaram a legalização, enquanto 46,1% a aprovaram, segundo resultados preliminares.

O gabinete da primeira-ministra do país, Jacinda Ardern, informou que ela votou a favor das duas medidas. Na Nova Zelândia, quase a metade?dos?habitantes?se?declaram?não?religiosos,?e?mais de um terço são cristãos.?