Uma reunião virtual da UEE (União Econômica Eurasiática), realizada nesta segunda-feira (26), terminou com o anúncio da criação de um mecanismo para que os países membros da organização passem a realizar suas transações comerciais usando apenas suas moedas locais, sem utilizar o dólar ou o euro como intermediários.
A decisão surge da iniciativa das duas potências pertencentes à entidade: Rússia e China, embora tenha sido aceita de forma unânime, o que significa a adesão dos outros cinco países pertencentes ao bloco, todos ex-membros da antiga União Soviética: Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Uzbequistão.
A UEE foi fundada em 2010, e já vinha debatendo essa possibilidade de fortalecer o comércio com moedas locais há pelo menos cinco anos, especialmente graças ao projeto chinês de Nova Rota da Seda.
Quem lidera o projeto é o diretor da Comissão Econômica Eurasiática, o russo Sergei Glaziev. “Este projeto já está em fase de elaboração e se desenvolvendo de forma consistente. Atualmente, já temos metade do comércio dentro da UEE sendo feito através das moedas nacionais. No caso do comércio entre Rússia e China, esse percentual é bem menor, cerca de 15%. Mas com estas novas diretrizes nós vamos acelerar a adaptação a esse novo cenário”, explicou o economista.