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As eleições regionais realizadas em Emilia-Romagna e na Calábria terminaram com vitória apenas parcial para o líder da extrema-direita italiana, Matteo Salvini. Seu partido, a Liga do Norte, esperava vencer nas duas votações, mas só conseguiu se impor em uma (Calábria).
A disputa em Emilia-Romagna era a mais importante, por se tratar de um bastião histórico da centro-esquerda, onde uma vitória da Liga significaria uma grande demonstração de força. Mas não foi o que aconteceu.
Ainda sem a apuração concluída, as projeções indicam que o candidato do Partido Democrata (PD, de centro-esquerda), Stefano Bonaccini venceu com índice entre 51% e 53%, enquanto Lucia Borgonzoni, candidata da Liga, ficaria com algo entre 43% e 47%.
Na Calábria sim a Liga venceu, com Jole Santeli obtendo 52% dos votos, contra 33% de Filippo Calipo, representante da centro-esquerda.
Dias antes da votação, Salvini fez discurso triunfante, e disse que a “provável” vitória da Liga em ambas as regiões seria um indício de que o atual governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte já não conta com apoio da população, e por isso ele pediria a antecipação das eleições nacionais, o que terá que ser reavaliado pelo líder da ultradireita fascista italiana.
Vale lembrar que Salvini foi aliado de Conte e seu ministro do Interior, entre junho de 2018 e setembro de 2019, até que uma desavença entre a Liga e o Movimento 5 Estrelas (que sustenta Conte no poder) o levou a deixar o cargo e se tornar um opositor do governo. Desde então, ele tenta forçar uma nova eleição para que a Liga possa chegar ao poder com menos dependência de uma coalizão com os partidos de centro.