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Em um informe divulgado em dezembro de 2019, a USAID (sigla em inglês da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) admitiu ter entregue ao menos 467 milhões de dólares para partidos e organizações da oposição venezuelana.
Desse total, ao menos 128 milhões foram destinados especificamente aos gastos do deputado Juan Guaidó, em sua estratégia de desconhecer o governo de Nicolás Maduro e atuar como presidente autoproclamado do país.
Todos esses recursos foram enviados à oposição venezuelana sob o conceito de “ajuda humanitária”, embora os gastos não fossem para compra de alimentos nem remédios para os venezuelanos que sofrem com as consequências das sanções econômicas impostas pelo governo dos Estados Unidos ao país, e sim para patrocinar as ações opositoras visando desestabilizar e derrubar o governo de Maduro, reeleito em 2018.
O documento, com título “USAID in Venezuela”, está publicado no site da agência estadunidense, e traz diversas contradições. Embora se refira aos gastos como Guaidó como “recursos para seguir desenvolvendo os planos para recuperar a economia e implementar serviços sociais durante a transição à democracia”, sem especificar que planos e que serviços seriam esses, em parágrafos posteriores, esses mesmos gastos são descritos como “compensação, custos de viagem e com assessores técnicos da Assembleia Nacional e da administração de Guaidó, através de fundos de assistência”.
Vale lembrar que em novembro de 2019 o ex “embaixador” designado por Guaidó na Colômbia, Humberto Calderón Berti, acusou alguns assessores próximos ao autoproclamado por irregularidades na administração dos fundos destinados à “ajuda humanitária”. Segundo Carlderón, “as autoridades colombianas me deram o alerta e me mostraram documentos onde eles são vistos com prostitutas, bebidas e hotéis de luxo, com recursos que capturam através do desvio dos recursos de ajuda”.
A confissão por parte da USAID sintoniza com as afirmações do presidente Maduro, que acusa Guaidó de “manejar milhões de dólares enviados pelos Estados Unidos para que a oposição realize seus planos terroristas na Venezuela”.