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O Comitê Nacional do partido argentino UCR (União Cívica Radical, de centro direita e aliado do macrismo durante o último governo), presidida pelo deputado Alfredo Cornejo, questionou o asilo outorgado ao ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, pelo atual mandatário argentino, Alberto Fernández.
Segundo Cornejo, seu partido não descarta a opção de iniciar um processo para que o Legislativo decida se o status de Morales na Argentina é legal ou não. Entre outros argumentos, o partido cita uma declaração recente do ex-presidente boliviano, em um encontro na Argentina com militares do seu partido, no qual disse que “o povo boliviano precisa reagir ao golpismo se organizando como na Venezuela, com as comunidades armadas”.
A UCR também publicou um comunicado sobre a sua resolução, dizendo que o boliviano “viola o seu direito ao refúgio, ao dar frequentes declarações sobre política”.
Essa acusação não é nova, o próprio Evo Morales já respondeu que suas declarações são somente sobre os acontecimentos da política boliviana, e o governo de Alberto Fernández assegurou que o status do ex-presidente boliviano só o impede de fazer comentários sobre a política interna da Argentina, o que ele tem cumprido à risca.
Morales está na Argentina desde o dia 12 de dezembro, quando deixou o México, primeiro país onde esteve asilado depois do golpe de Estado que sofreu no mês anterior, que levou seu país natal à ditadura de Jeanine Áñez, que foi apoiada pelo macrismo.