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As mulheres do estado mexicano de Oaxaca tiveram uma importante vitória nesta quarta-feira (25). Deputados do estado decidiram que o aborto não é mais criminalizado no local e que a gravidez poderá ser interrompida até a décima segunda semana de gestação. A medida, que entrará em vigor no próximo mês, gerou uma série de ataques da oposição conservadora.
Estima-se que mais de nove mil mulheres se submeteram a abortos clandestinos na região de Oaxaca nos últimos anos. A prática, considerada crime até então, levou 20 mulheres para cadeia nos últimos quatro anos. A capital Cidade do México foi o primeiro lugar do país onde o aborto foi legalizado.
“Depois que a capital aprovou, há 12 anos, houve muitas outras tentativas em legislativos locais, e todas fracassaram. E realmente não tínhamos muita esperança de que esta pudesse conseguir. Lançaram um sinal muito importante para o resto do país. Isto é imparável”, afirmou, ao jornal El País, Regina Tamés, diretora do Grupo de Informação em Reprodução Escolhida.
Para Tamés, a decisão de Oaxaca poderá influenciar outros lugares do México. “Temos que aprender com Oaxaca, com sua capacidade de luta, de resistência às pressões de grupos religiosos e de ultradireita. Hoje foram um exemplo para o México. E fica claro que afetará o debate nacional. E outros legislativos terão que entrar nisso, queiram ou não”.