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Em entrevista no jornal italiano La Stampa neste sábado, o Papa Francisco criticou os discursos populistas - que não refletem a cultura popular - e o nacionalismo xenofóbico, que leva a guerras.
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"O nacionalismo é uma atitude de isolamento. Estou preocupado, porque ouvimos discursos que lembram os de Hitler em 1934. 'Primeiro nós. Nós... nós...' Esses são pensamentos aterrorizantes", afirmou Francisco.
Para Francisco, um país deve ser soberano, mas não fechado. "A soberania deve ser defendida, mas as relações com outros países e com a Comunidade Europeia também devem ser protegidas e promovidas. O nacionalismo é um exagero que sempre acaba mal: leva a guerras", afirmou.
Sobre o populismo, o papa disse que vivenciou os anos de Domingo Perón na Argentina e afirmou que essa prática também "fecha as nações".
"No começo, não conseguia entender, porque, estudando teologia, eu aprofundava o popularismo, isto é, a cultura do povo: uma coisa é que o povo se expresse, e outra é impor ao povo a atitude populista. O povo é soberano (tem seu jeito de pensar, de se expressar e de sentir, de avaliar), mas os populismos nos levam ao nacionalismo: esse sufixo, 'ismo', nunca faz bem".