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Reportagem de Lucas Ferraz, publicada neste sábado (10) no site da Folha de S.Paulo, revela que grupos neofascistas que apoiam o ministro do interior da Itália, Matteo Salvini, estão se unindo à máfia para perseguir jornalistas.
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Salvini é ligado a O Movimento, de Steve Bannon, que tem como embaixador na América Latina o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O ultradireitista italiano foi um dos primeiros chefes de estado a cumprimentar Jair Bolsonaro pelas vitória nas eleições presidenciais e os dois planejam se encontrar em breve. Em abril, Eduardo esteve na Itália e gravou um vídeo com Salvini.
“Um jornalista sob escolta por ameaças de neofascistas, 74 anos depois do fim do fascismo, é um sinal do clima de raiva e ódio no país”, diz Paolo Berizzi o 22º jornalista italiano a receber escolta armada.
Berizzi trabalha no jornal La Repubblica e é autor de “Nazitalia”, livro que narra o submundo e a forma de atuação de pelo menos 15 grupos extremistas —neonazistas e neofascistas— existentes na Itália.
Imprensa inimiga
O discurso agressivo de Salvini contra a imprensa, que ele considera um inimiga, contribui para piorar a situação dos jornalistas.
Nesta semana, o ministro insultou um jornalista que flagrou seu filho adolescente na praia em um jet-ski da polícia, sugerindo que ele é pedófilo e incentivando-o a ir filmar outros jovens.
A Itália é o país da Europa ocidental com o maior número de jornalistas ameaçados. Desde os anos 1960, 28 repórteres foram assassinados, a maioria por ordem do crime organizado.