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A bióloga marinha alemã Carola Rackete, uma das comandantes do navio Sea Watch 3 foi presa neste sábado (29), após atracar na Sicília (Itália) quando sua embarcação trazia 40 pessoas que foram resgatadas no Mar Mediterrâneo.
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A acusação foi que ela violou uma lei estabelecida pelo ministro do Interior Matteo Salvini, que proíbe navios que tragam refugiados de atracar nos portos italianos.
A decisão de Rackete de atracar na Sicília aconteceu após duas semanas de impasse nas negociações com as autoridades italianas. A cientista e marinheira alemã afirmou que a “era preciso arriscar a entrar no porto, porque a situação a bordo do navio estava mais desesperadora do que nunca”.
Através das redes sociais, Salvini reagiu ao fato, dizendo que sua paciência com esse tipo de caso havia acabado: “usaremos todos os meios legais para impedir que um navio fora da lei que coloque dezenas de migrantes em risco por causa de um jogo político sujo”, afirmou.
As pessoas resgatadas pelo Sea Watch 3 foram encontradas em uma jangada inflável à deriva, perto da costa da Líbia, mas o navio não quis levá-las a Trípoli. “A Líbia não é um país seguro, forçar as pessoas resgatadas a voltar para um país devastado pela guerra, onde podem ser presas e torturadas, é um crime que nunca iremos cometer”, disse Giorgia Linardi, porta-voz da tripulação.
Rackete não é a primeira comandante do Sea Watche 3 a ter problemas com a Justiça italiana, desde o começo do ano. Sua colega Pia Klemp aguarda sentença pelo mesmo motivo, violar as leis de Salvini contra os que trabalham no resgate de refugiados no Mediterrâneo.
Segundo essa nova legislação, ambas correm o risco de pegar penas que vão desde multas altíssimas ou mesmo prisão – que poderia chegar até os 20 anos.
Com informações do The Guardian.