Em missa de Corpus Christi, Papa critica a ânsia por lucro dos que “gritam com mais força”

Segundo o pontífice, “é triste ver com que facilidade as pessoas insultam, desprezam e amaldiçoam as outras, tomadas por um arrebatamento excessivo, não conseguem aguentar e descarregam sua ira contra qualquer um, e por qualquer coisa”.

Papa Francisco (Foto: ACI Digital)
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Neste domingo (23), durante a missa de Corpus Christi, celebrada no Vaticano, o Papa Francisco lançou uma forte mensagem em favor da solidariedade entre os fieis, como forma de combater sentimentos que disse estarem disseminados na sociedade atual, como a arrogância, a ira e a ambição. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Segundo o pontífice, “é triste ver com que facilidade as pessoas insultam, desprezam e amaldiçoam as outras, tomadas por um arrebatamento excessivo, não conseguem aguentar e descarregam sua ira contra qualquer um, e por qualquer coisa”. Em seguida, o Papa lamentou que “aquele que grita mais e com mais força, que está mais zangado, parece que tem mais razão e recebe a aprovação dos outros”. Para Francisco, as pessoas não devem se deixar “contagiar pela arrogância”. Outra crítica importante do Papa foi com a ânsia pelo lucro, e às pessoas desesperadas por “aumentar o que ganham”, a quem ele lançou uma pergunta: “Dar ou ter? Partilhar ou acumular?”, e argumento que “a economia do evangelho prega que se multiplica compartilhando, se nutre distribuindo, o que não satisfaz a voracidade de alguns poucos, mas dá vida ao mundo”. A celebração do Corpus Christi foi iniciada em 1264 pelo Papa Urbano IV em 1264, um ano depois do chamado “milagre de Bolsena”, quando o sacerdote Pedro de Praga viajava à Roma e fez uma parada na localidade de Bolsena para celebrar uma missa. Segundo a lenda, o padre tinha dúvidas sobre a verdadeira presença de Cristo na eucaristia, e teria pedido um sinal divino, e logo, a hóstia consagrada por ele passou a derramar sangue.