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A chapa Frente de Todos à presidência da Argentina, da qual a ex-presidente Cristina Kirchner é candidata a vice, lançou neste domingo (23) seu primeiro vídeo publicitário, com foco nas mulheres e na inclusão, abordando sobretudo a crise econômica vivida no país, que vem provocando altos índices de desemprego e migração ao exterior.
https://twitter.com/CFKArgentina/status/1142775561657442304
A campanha à presidência da Argentina começou oficialmente neste sábado, com a entrega das listas de candidatos. A chapa composta por Alberto Fernandez e Cristina Kirchner lidera as intenções de votos, e disputa a presidência com o atual presidente, Mauricio Macri, e o considerado outsider Roberto Lavagna.
Com linguagem diretamente feminina, o vídeo da Frente de Todos divulgado hoje abre com o texto: “Somos as que acordam todos os dias para ir trabalhar, e as que queremos voltar a trabalhar, as que queremos poder nos aposentar”.
A campanha se alinha ao crescimento do movimento feminista na Argentina, que em 2018 conseguiu levar, de modo inédito, ao Senado do país o projeto de legalização do aborto. Pela primeira vez em 7 tentativas, o projeto havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, acompanhada de manifestações massivas a favor da proposta nas ruas da capital Buenos Aires.
Paralelo a isso, a Argentina, como outros países, vem observando nos últimos anos uma forte polarização política em torno do liberal Mauricio Macri e da peronista Cristina Kirchner, que surpreendeu a decidir ser candidata à vice-presidência ao invés de optar a cabeça da chapa.
O país vai às urnas em meio a uma recessão que começou no ano passado e deixa pobreza (32% em 2018), desemprego (10,1% no primeiro trimestre deste ano) e inflação (47,6% em 2018 e acumulada mais de 19% até maio passado).
Milhares de pessoas têm caído na pobreza nos últimos meses diante da dramática combinação de falta de trabalho e inflação, especialmente em produtos básicos como leite, carne e pão, e muitos acabam por apelar aos “comedores de caridade”, comuns no país vizinho.
Somam-se a isso aumentos de até 1.000% nas tarifas de eletricidade, gás, água e transporte, que até 2015 eram subsidiadas.