Escrito en
GLOBAL
el
Jair Bolsonaro começou mal o final de semana com relação à sua imagem no âmbito internacional. Neste sábado (13), após ser rechaçado pelo prefeito de Nova Iorque (EUA), o presidente brasileiro foi rebatido pelo Yad Vashem, conhecido como Museu do Holocausto de Israel, e recebeu uma indireta do presidente do país, Reuven Rivlin.
O motivo das manifestações dos israelenses é a declaração dada por Bolsonaro esta semana durante um evento com evangélicos. Ele afirmou que "podemos perdoar o Holocausto", mas não esquecer.
"Não é direito de nenhuma pessoa determinar se crimes hediondos do Holocausto podem ser perdoados", diz a nota do museu, que é dedicado à memória dos mais de 6 milhões de judeus que foram assassinados pelos nazistas.
"Desde a sua criação, o Yad Vashem tem trabalhado para manter a lembrança do Holocausto viva e relevante para o povo judeu e a toda humanidade", prosssegue o comunicado.
Pouco tempo depois, o presidente de Israel, Reven Rivlin, também se manifestou com uma indireta para Bolsonaro. No Twitter, escreveu: "Nós sempre iremos nos opor a aqueles que negam a verdade ou aos que desejam expurgar nossa memória —nem indivíduos ou grupos, nem líderes de partidos ou premiês. Nós nunca vamos perdoar nem esquecer".
E prosseguiu: "O povo judeu vai sempre lutar contra o antissemitismo e a xenofobia. Líderes políticos são responsáveis por definir o futuro. Historiadores descrevem o passado e pesquisam o que aconteceu. Ninguém deve entrar no território do outro".
Nazismo de esquerda
A fala de Bolsonaro sobre o Holocausto veio apenas dez dias após a visita que fez ao Museu que hoje o rebateu. Logo após conhecer o local, o presidente brasileiro reafirmou que o nazismo foi um movimento de esquerda.
A posição do capitão da reserva gerou revolta entre judeus, entidades judaicas e defensores dos direitos humanos ao redor do mundo.
Em entrevista à Fórum, um historiador alemão falou sobre como esse tipo de retórica sobre o nazismo de Bolsonaro repercute em seu país. Confira aqui.